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Há muita confusão em torno da diluição de óleos essenciais - o que não é surpreendente dada a quantidade de conselhos enganosos que vemos online. Algumas marcas, por exemplo, indicam que a diluição é opcional.
Qual é a verdade? Devemos sempre diluir os óleos essenciais? Em caso afirmativo, qual é a diluição recomendada?
Primeiro, entendamos os mitos
Quando se trata de óleos essenciais, existem muitas informações erradas flutuando nas redes sociais - principalmente quando se trata de diluição. Alguns dos mitos comuns que você verá são:
“Se os óleos essenciais são verdadeiramente 'puros', eles podem ser usados sem diluição.”
“Apenas alguns óleos (por exemplo: melaleuca, orégano, limão...) precisam ser diluídos.”
“Você só precisa diluir os óleos essenciais se tiver pele sensível.”
Outros conselhos recomendam apenas diluir os óleos essenciais com um óleo carreador (óleo vegetal) se você sentir irritação na pele. Algumas marcas sugerem a diluição, mas não especificam uma taxa de diluição recomendada, deixando que o usuário adivinhe.
Então, por que devemos diluir óleos essenciais?
Porque é mais seguro, esta é a resposta mais rápida e simples.
A diluição dos óleos essenciais reduz o risco de irritação ou sensibilização da pele. Ao contrário da crença popular, é possível experimentar uma reação adversa a qualquer óleo essencial - não importa quão puro, quão orgânico ou quão “grau terapêutico” ele seja. Você pode ficar sensibilizado para qualquer óleo essencial - sim, até mesmo lavanda, como vários aromaterapeutas infelizmente descobriram, algumas marcas americanas tem casos na justiça por conta de clientes intoxicados.
Muitas pessoas têm a ilusão de que o risco de irritação depende inteiramente da marca. Mas é a composição química que importa - o óleo de casca de canela que é 100% puro ainda é um potencial irritante para a pele.
Uma rápida busca em inglês no google pode trazer leituras preocupantes para qualquer pessoa que acredita que a aplicação rotineira de óleos essenciais sem o devido cuidado é perfeitamente segura. As consequências potenciais são muitas. O uso puro aumenta o risco de irritação, vermelhidão, coceira, bolhas, urticária, queimaduras e outros sintomas adversos. E, apesar do que alguns representantes podem fazer você acreditar, este não é um processo de desintoxicação - como explicado com mais detalhes aqui. A sensibilização é um problema sério e não algo para ser considerado levianamente.
E lembre-se: só porque você sempre os usou e nunca teve um problema ainda, isso não significa que seja seguro para você e para todos os outros.
Mas, se a questão da segurança ainda não te convenceu, aqui vão mais 5 motivos para diluir OEs em uso tópico:
Porque é mais econômico
Sabe por que sempre nos incentivam a usar óleos essenciais puros topicamente o tempo todo? Se você pensou $$$, você acertou!
Diluir seus óleos essenciais significa que aquele vidrinho de 5 ou 10ml irá durar muito mais antes de você precisar fazer um pedido novamente. Aí eu te pergunto: por que gastar dinheiro desnecessariamente?
Porque é menos desperdício
Os óleos essenciais são feitos de recursos naturais, alguns dos quais estão em perigo de extinção (sim, os OEs de Cedro Atlas e Palo Santo são um exemplo). É necessária uma grande quantidade de produto bruto para destilar apenas 10ml de óleo essencial - frutas, flores e plantas que foram cuidadosamente cultivadas e colhidas. Os óleos essenciais são preciosos - por que desperdiçá-los desnecessariamente?
Porque é mais eficaz
Eu sempre falo em meus cursos: quando se trata de óleos essenciais, menos é mais. Usar mais gotas não será necessariamente melhor ou mais rápido para atingir seu objetivo. É importante lembrar que usar um óleo carreador não diminui a eficácia do óleo essencial. A diluição também facilita a aplicação sobre uma área maior da pele, o que ajuda a aumentar a absorção.
Porque faz o aroma durar mais tempo
Diluir os óleos essenciais em um óleo carreador evita que evaporem muito rapidamente, o que ajuda o aroma a durar por mais tempo - então você se beneficiará mais com a aplicação. Lembre-se que a inalação é um elemento muito importante na aromaterapia.
Porque os óleos vegetais são maravilhosos
Longe de ser apenas uma ferramenta neutra para diluir o óleo essencial, os óleos carreadores oferecem suas próprias propriedades terapêuticas que podem ser enormemente benéficas. A escolha do óleo carreador pode influenciar muito a eficácia de uma mistura, especialmente para problemas relacionados à pele.
E o óleo de Lavanda?
Até recentemente, era considerado aceitável usar ocasionalmente uma gota de óleo de lavanda não diluído em manchas ou queimaduras. A opinião sobre isso está evoluindo, no entanto, à medida que estamos descobrindo que até mesmo a lavanda pode causar sensibilização com o tempo. Alguns aromaterapeutas profissionais podem, ocasionalmente, escolher usar uma gota de óleo essencial não diluído quando apropriado, mas isso ficaria a seu próprio critério e não seria recomendado para usuários domésticos.
Observe cada óleo
Alguns óleos essenciais são mais potencialmente irritantes e/ou sensibilizantes da pele e devem ser usados apenas em uma diluição baixa - geralmente referido como um "máximo dérmico". Por exemplo, o óleo essencial da casca de canela deve ser usado com moderação em uma diluição máxima de 0,07% (Essential Oil Safety, 2ª edição (2014, Tisserand & Young) Para obter detalhes específicos, sempre consulte um perfil de óleos essenciais atualizado.
Então, sempre devemos diluir óleos essenciais?
Sempre que for tomada a decisão de utilizar os óleos essenciais de forma tópica (na pele), sim! Eles devem ser normalmente diluídos em um óleo carreador - como óleo de semente de uva, amêndoa doce, coco, girassol, jojoba, rosa mosqueta ou azeite de oliva.
Um gel ou creme base sem fragrância e sem petrolatos e parabenos também podem ser usados como veículo para diluir óleos essenciais Lembre que a água não dilui óleos essenciais, então, sempre dilua os óleos essenciais antes de adicioná-los ao banho, por exemplo.
Mas, se você utilizar os óleos essenciais em inalação, não há necessidade de diluição em óleo carreador. Como, por exemplo, quando usados em um difusor elétrico ou em aromatizador/inalador pessoal.
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